sábado, 27 de fevereiro de 2010

Árbitros da FGB e AGOB com escudo da CBB



Venho por meio deste, manifestar meus parabéns aos companheiros de arbitragem, os Srs. Daniel Maturro D´avila, Guilherme de Matos Zingano e João Luciano Silveira da Rosa, que foram promovidos à categoria Nacional na 11ª Clínica de Avaliação e Promoção, realizada pela Confederação Brasileira de Basketball, de 18 à 21 de fevereiro, na Cidade do Rio de Janeiro.
Parabéns aos oficiais gaúchos que monstraram que o quadro de oficiais da FGB-AGOB é um dos mais qualificados do Brasil.
"OS ÁRBITROS PODEM SORRIR, TAMBÉM, PORQUE, AMAMOS ESTE JOGO FASCINANTE CHAMADO DE BASKETBALL."
José Leandro de Andrade Vinadé

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Preparação Física do Árbitro de Basquetebol


A formação técnica do árbitro de basquetebol, em todas as etapas da carreira desportiva permite-lhe responder positivamente, por um lado, ás exigências de competência que lhe são feitas, objetivamente ou não, pelos atletas e pelos treinadores, e, por outro, ser considerado como garante da validade da competição em que aqueles, atletas e treinadores estão envolvidos.
Esta formação deverá incidir, necessariamente, sobre três domínios: regras, técnica de arbitragem e preparação física do próprio.
Com a crescente normalização quer a nível europeu, quer nacional da técnica de arbitragem e das regras, a preparação física do árbitro assume um papel importantíssimo pois para além de ser determinante nos índices de concentração revelados durante o jogo, também terá enorme importância nos critérios de seleção e eliminação dos quadros humanos das diversas competições. Portanto com este trabalho pretendo fornecer aos árbitros de basquetebol um conjunto de informações que contribuam para que estes consigam realizar cada vez mais corretamente o seu próprio trabalho de preparação física, sem substituir uma orientação mais eficaz dirigida por outros especialistas do treino, nem a responsabilidade institucional da nossa Federação, mas tão só contribuir para que os árbitros, a maioria dos árbitros, que durante toda a semana treinam sozinhos, programem, executem e controlem cada vez melhor o seu próprio treino.
I – O TREINO DO ÁRBITRO
Treino desportivo: processo modificado, ampliado e variável cronologicamente, de simulação da
realidade para a qual o árbitro se prepara. A preparação do árbitro não se limita à freqüência de cursos de formação inicial que os habilitem a exercer aquela atividade. Necessitam de um sistema de preparação contínua para que, semana a semana, estejam preparados para realizar a tarefa que lhes é exigido.
A exemplo dos atletas, que semanalmente se preparam para que no dia do jogo se apresentam nas melhores condições, o árbitro deverá, regular e sistematicamente, aperfeiçoar-se nas seguintes áreas:
• Treino Técnico
• Treino Táctico
• Treino Psicológico
• Treino Físico
Ora está que o árbitro não consegue, ao contrário dos atletas, treinar em situações semelhantes ás da competição. O principal “treino” para o próximo jogo foi a arbitragem do jogo anterior.
É necessário que a nível institucional esta situação seja superada sem que a preparação dos árbitros será sempre deficitária.
O árbitro, a nível do treino técnico/táctico limita-se a estudar as regras, a analisar vídeos e a participar em reciclagens que são quase sempre teóricas. Não treina aquilo que caracteriza um bom árbitro: a capacidade de rapidamente avaliar e decidir perante a multiplicidade de situações que se lhe deparam em cada jogo.
II- A PREPARAÇÃO FÍSICA DO ÁRBITRO
O árbitro tem que se movimentar constantemente utilizando diferentes formas de locomoção: correr de frente, de lado, tem de travar subitamente, mudar de direção e velocidade. A capacidade de realizar eficazmente todos estes deslocamentos durante todo o tempo de jogo, pressupõe o desenvolvimento de um conjunto de capacidades que a seguir indico:
A) Corrida;
B) Velocidade; C) Resistência; D) Força Muscular; E) Flexibilidade;
A) A CORRIDA NA ARBITRAGEM
É através da corrida que o árbitro expressa a sua maior ou menor capacidade para suportar o esforço que a competição lhe exige. Manifestará na corrida, não as suas qualidades físicas (velocidade, resistência e força), mas também a sua coordenação motora, isto é, a maior ou menor facilidade e eficácia com que realiza os diferentes tipos de deslocamentos necessários à sua atividade.
TIPOS DE CORRIDA: (VELOCIDADE (Distâncias curtas), VELOCIDADE (Prolongada), RESISTÊNCIA ANAERÓBIA e AERÓBIA

B) A VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO
É a capacidade que permite ao árbitro percorrer o mais rapidamente possível, uma determinada distância. Durante o jogo o árbitro realiza constantemente deslocamentos com velocidades diferentes e por vezes, ou melhor, muitas vezes, com velocidade máxima. Apesar da velocidade ter uma forte componente genética, não sendo portanto muito modificável pelo treino, há que trabalhá-la sistematicamente na direção do seu aperfeiçoamento e rentabilização.
C) A RESISTÊNCIA
É a capacidade que permite manter qualquer tipo de esforço sem perda de rendimento. Nesta perspectiva é a capacidade que permite adiar o aparecimento da fadiga. No meu entender, esta é a qualidade física mais importante para que o árbitro consiga realizar eficazmente a sua tarefa. Se durante o jogo o árbitro ficar fatigado, manifestará os seguintes comportamentos:
• Perderá velocidade de deslocamento.
• Perderá velocidade de reação.
• Não estará suficientemente perto dos locais onde a bola está a ser disputada.
• Perderá capacidade de interpretação das situações de jogo.
• Perderá capacidade de decisão.
• Aumentará os riscos de se lesionar.

D) A FORÇA
É a capacidade que os músculos têm de produzir tensões que se vão opor a quaisquer tipos de resistências, modificando-lhes assim o seu estado de movimento. No que se refere a esta capacidade e tendo como objetivo orientar este trabalho exclusivamente para a arbitragem de basquetebol, apenas refiro o fundamental, ou seja, formas de trabalho passivas (desenvolvimento da força através do peso do nosso próprio corpo). Não quero dizer que o treino com halteres não é benéfico para a maximização da forma desportiva, mas apenas defendo a idéia que não é fundamental para a nossa tarefa a realizar. Por outro lado aconselho a este tipo de treino ser realizado na presença de um técnico especializado.
E) FLEXIBILIDADE
É a capacidade que permite realizar movimentos com a máxima amplitude possível. É conveniente que o árbitro tenha músculos longos e com uma grande capacidade de extensão o que lhe reduzirá os riscos de lesões. O trabalho de flexibilidade cumpre vários objetivos:
• Melhoria da amplitude de movimentos.
• Reduzir o risco de lesões.
• Como forma de aquecimento para treinos e para jogos.
• Para facilitar a recuperação durante ou no fim do treino/jogo.
• Melhoria da postura, o que hoje é muito importante no basquetebol.
Bibliografia
ANJB - Associação Nacional Juízes de Basquetebol, site http://www.anjb.pt/.
"OS ÁRBITROS PODEM SORRIR, TAMBÉM, PORQUE, AMAMOS ESTE JOGO FASCINANTE CHAMADO BASKETBALL."
José Leandro de Andrade Vinadé